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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Capitulo 6

Antes que eu pudesse explicar o que havia acontecido senti a minha cabeça rodar e a dor em meu quadril pareceu triplicar, me fazendo cair no chão do quarto sem forças para me manter em pé por muito mais tempo. Tudo ao meu redor girou fazendo minha cabeça pesar um pouco mais e meus olhos se fecharem.
Um grito assustado e desesperado se ouviu por todo o quarto junto com passos apressados. Eu não me conseguia mexer, todo o meu corpo parecia pesar de tão cansado que ele estava, mas eu não podia simplesmente desmaiar agora. Ela precisava de uma explicação.
- Vanessa ... - Sussurrei tentando a todo o custo me erguer novamente do chão frio do quarto em que eu havia caído.
- Não, não se esforce vem eu vou cuidar de você, me deixa te ajudar.
A voz doce e preocupada da minha pequena chegou aos meus ouvidos me fazendo sorrir ainda de olhos fechados. Era tão bom voltar a ouvir aquela você doce. Me fazia lembrar das vezes em que eu e ela ficávamos juntos enrolados um no outro fazendo planos para um futuro.
Com a ajuda dela eu consegui me erguer e caminhar até à sua cama. Assim que ela me depositou no colchão macio. Eu me movi me acomodando melhor em sua enorme cama de casal. Fechei os olhos por alguns momentos enquanto eu a ouvia se movendo de um lado para o outro pelo quarto e banheiro.
- Preciso de rasgar a sua blusa. Não podemos arriscar você se erguer e acabar caindo. Não vou poder com você se isso acontecer. - Ela resmungou agora do meu lado.
Abri os olhos a encarando. Sua expressão estava numa mistura de emoções que me deixavam um pouco receoso. Eu podia ver o medo e a confusão em seus olhos enquanto ela se preparava para começar a rasgar a minha blusa.
Engoli em seco e fechei novamente meus olhos. Eu não iria conseguir olhar em seu rosto depois que ela visse todas as minhas cicatrizes. Não queria ver a sua reação. Seria doloroso demais se visse o nojo ou até mesmo o desprezo em seus lindos olhos, acabando por me destruir ainda mais.
- Tudo bem. – Soltei no meio de um suspiro cansado. Seja o que Deus quiser.
Ela soltou um suspiro baixo e logo em seguida senti o metal frio da tesoura em contato com a pele do meu quadril e logo depois subindo dividindo a minha camiseta em dois. Assim que ela terminou um suspiro assustado se ouviu me fazendo abrir os olhos.
- O que ... o que ... Zac ... - Vi ela engolindo em seco e passar delicadamente os dedos pequenos e delicados pelas cicatrizes que eu tinha espalhadas pelo meu peito. - Quem te fez isso?
- Tem muita história envolta de cada marca que você vê ai. A ilha fez isso comigo. A ilha me fez o que eu sou agora.
- Quem é você agora? - Sua pergunta havia sido sussurrada ao mesmo tempo que ela movia seus dedos para a cicatriz do lado esquerdo bem debaixo do meu mamilo. - Quem é o verdadeiro Zac Efron agora?
- Alguém que você realmente teria medo de conhecer. Alguém que você nunca iria querer para estar do seu lado. - Suspirei passando a mão em seu rosto. - O que eu fiz ... as coisas que eu fiz nesses cinco anos para viver e sobreviver naquela ilha te assustariam e te afastariam ainda mais de mim Vanessa.
- Só quero que você seja o verdadeiro Zac comigo. Não importa o que você fez na ilha. - Ela deu um pequeno sorriso em minha direção passando a mão em meu cabelo. - Eu não tenho medo de você ou do seu passado.
Olhei dentro dos seus olhos vendo aquele brilho inocente e cheio de força que sempre me encantou e que me fez apaixonar por ela à cinco anos atrás. Ali estava a minha Vanessa, sem as amarras do escritório ou o ressentimento que ela sentia por mim. Vanessa estava sendo ela mesma comigo novamente.
O amor que ela sentia por mim ainda estava ali eu podia vê-lo, eu podia senti-lo em cada toque e palavra que ela dizia, mas devido aos meus atos depois da minha chegada ela não se abriria tão facilmente para mim como eu achei que ela fosse fazer assim que ela me viesse. Eu tinha muito o que percorrer novamente.
Abri um pequeno sorriso ao ver suas bochechas corarem levemente ao mesmo tempo que a minha mão, que antes estava em seu rosto, desceu para a sua nuca do jeito que eu sabia que ela gosta. Seus olhos se fecharam e um pequeno sorriso cresceu no canto da sua boca, me dando o sinal certo que eu poderia avançar. Ela estava me deixando chegar perto de novo. Isso só fez com que todo o meu corpo entrasse em festa.
Sua pequena mão que antes estava parada em meu peito desceu até ao meu quadril se apoiando enquanto ela se curvava em minha direção. Uma fisgada de dor me atravessou me fazendo gemer alto.
- Porra!
- Oh meu deus! Zac me desculpa eu me esqueci que você estava machucado! Oh meu deus!
Eu arfava sem conseguir dizer uma palavra enquanto ela choramingava as suas desculpas sem parar. O que eu mais queria era que ela parasse de se desculpar e voltássemos ao ponto em que estávamos antes, mas eu sabia que o clima estava completamente perdido e só me restava deixar que ela continuasse a cuidar do meu ferimento.
[...]
- Pronto. - Depois de quase meia hora em silencio a sua voz voltou a ser ouvida e apreciada pelos meus ouvidos me fazendo suspirar e olhar em sua direção.
- Obrigado por cuidar de mim Vanessa.
Ela olhou em minha direção fixando seus olhos castanhos nos meus. Ali eu pode ver o amor, a tristeza e a força de vontade.
- Não tem que agradecer. Mas agora eu quero que você me explique o que aconteceu para você ser baleado e o que são essas cicatrizes.
Suspirei audivelmente fechando os olhos com força. Eu sabia que ela não iria deixar tudo isso passar e que iria querer respostas para tudo o que estava acontecendo comigo. Mas eu tinha medo. Medo de ela me achar um louco ou que estou enlouquecendo devido a tudo o que aconteceu comigo durante os anos que estive preso naquela ilha.
Mas ela não deixaria passar, eu a conhecia bem o suficiente para saber que a sua curiosidade estava a matando nesse momento.
- Vanessa por favor...
- Não nada disso eu preciso de saber! Olha em que estado você está! Você não era assim!
- Você vai achar que eu estou delirando! Só espere um pouco ok? Só mais um pouco!
Ela se afastou de mim com brusquidão apanhando todas as compressas com sangue que estavam espalhadas por ali em silencio. Pelos seus movimentos bruscos e sua expressão eu sabia que ela estava com raiva de mim, mas eu não podia contar sem ter como provar tudo o que eu estava dizendo.
- Vanessa não faz assim por favor!
- Tudo o que eu estou pedindo é um pouco de sinceridade da sua parte Zac! Sinceridade essa que eu sempre retribui!
A raiva acabou me tomando. Saltei para fora da cama, mesmo sentindo minha ferida latejar e foquei de frente para ela. Eu sempre foi sincero com ela. Sempre.
- Retribui tanto que assim que eu sumi se deixou levar pelo Chris!
- Chris é meu amigo! Nunca fomos mais do que isso seu grande imbecil! - Suas palavras me deixando completamente mudo. - Todos esses anos eu me mantive fiel a você mesmo agente não sendo namorado quando você foi embora! Chris estava lá para me aparar na minha dor sendo o irmão que eu nunca tive! E você? O que você fez quando chegou da ilha? Procurou a Ashley! A Ashley! Não a mim! A pessoa que você jurou ser fiel mesmo longe!
- Você não sabe o que está falando! Ashley é minha amiga também! - Gritei fazendo ela se calar. A raiva e a saudade estavam batalhando dentro de mim. - Cinco anos! Eu passei a porra e cinco anos longe da minha família! Passando fome, frio e várias vezes quase morri batalhando contra o meu próprio inimigo enquanto você chegava a casa, comia e ia dormir depois de passar um dia sentada com a bunda numa cadeira confortável trabalhando! Você desde que eu cheguei aqui só me culpou mas nunca pensou que eu pudesse estar esperando que você viesse até mim! E o que você fez? Nada! A única que fez foi me culpar e culpar! Fodasse Vanessa! Eu te amo! Passei cinco anos batalhando para sobreviver para voltar para você!
Os olhos dela estavam completamente rasos de água enquanto uma lágrima solitária escorria pelo seu rosto perfeito. Passei a mão em meus cabelos nervoso e dei um passo em sua direção.
- Vanessa por favor ...
- Eu te amo! Eu te amo também Zac! Me desculpa eu não sabia eu ... eu foi uma completa idiota eu devia de ter pensando em ...
Antes que ela completasse a frase eu a puxei para os meus braços, colando as nossas bocas. Um gemido baixo se escapou por entre a minha boca quando ela recebeu minha língua. Era tão bom poder voltar a sentir o seu gosto, sentir a sua pele contra a minha pele, a sua respiração varrendo meu rosto enquanto minha língua batalhava com dela, para matar todas as saudades que eu estava sentindo.
Eu sabia que ela merecia saber tudo sobre mim, caso eu decidisse ficar com ela ignorando todos os sinais de perigo que ela pudesse correr ao meu lado. E ela tinha razão eu precisava de ser muito sincero com ela, mesmo que isso significasse perde-la para sempre, pelo menos eu saberia que havia lutado por ela.
Separei de leve as nossas bocas, sentindo sua respiração forte e descompassada contra a minha boca, me fazendo sorrir. Como eu tinha saudades disso.
- Preciso que você venha comigo princesa. - Sussurrei dando um pequeno selinho em seus lábios.
- Zac você acabou de ser baleado não pode ...
- Shiuu ... - A silenciei com o meu dedo olhando dentro dos seus olhos. - Só venha.
[...]
Depois de ela ter arrumado uma das minhas antigas blusas, que sempre ficavam em casa dela, nós seguimos em direção à zona industrial onde ficava a minha boate. Durante todo o caminho eu ia fazendo carinho em sua mão e beijando o nós dos seus dedos, a fazendo rir e suspirar enquanto ela dirigia.
- Quero que você vá para a minha boate. Estacione na rua que tem ao lado ninguém vai estaciona ai a não ser o Chris com o meu carro.
- O que nós vamos fazer na sua boate?
- Quero te mostrar uma coisa, depois disso agente conversa.
Ela não disse mais nada, sabendo que eu não iria contar ou até mesmo dar uma pista do que estava para vir. Assim que ela estacionou ao lado da boate eu saltei para fora do carro antes mesmo dela desligar o motor do mesmo.
Abri a porta do lado dela a ajudando a sair.
- Sempre um cavalheiro.
- Com você? Sempre!
Ela riu dando um beijo em meu queixo, como ela sempre fazia e fechou o carro. Peguei em sua mão, começando a guia-la pelo caminho que nos levaria à porta das traseiras da boate. Não queria que ela passasse no meio daquela confusão bêbada e suada de adolescentes que frequentavam o meu estabelecimento.
A fiz entrar primeiro antes de olhar em volta, para me certificar de que ninguém estivesse nos seguindo e fechei a porta. Me virei em sua direção e sorri.
- Vamos!
Peguei novamente em sua mão e comecei a descer as escadas. Ao longe eu podia ouvir os passos de Chris de um lado para o outro, assim como o barulho dos computadores e geradores funcionando. No momento em que alcancei o último degrau da escadaria deixei a sua mão para que ela pudesse tomar a liberdade e correr por ai.
Sabia que assim que ela se focasse nos computadores ou até mesmo nos enormes ecrãs que eu mantinha ali que ela correria para poder mexer. Era quase um paraíso para ela isso eu podia apostar.
Prendi a minha respiração enquanto olhava em sua direção. Eu podia ver a curiosidade brilhando em seus olhos enquanto ela entrava lentamente no ambiente, observando tudo com atenção e curiosidade.
Como eu havia previsto os seus olhos focaram primeiro nos computadores, depois nos ecrãs e logo de seguida no meu equipamento de arco e flecha. Engoli em seco quando seus olhos se abriram em choque e um "Puta que pariu" baixinho saiu dos seus lábios. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa para me explicar ela deu as costas para o meu equipamento e correu em direção aos computadores mexendo em tudo me fazendo rir baixinho.
Ela era uma caixinha de surpresas sem duvidas.
- E ai Efron como você está?
A voz de Chris soou em meu ouvido, me tirando do transe em que eu me encontrava enquanto observava Vanessa mexer em tudo. Me virei em sua direção dando um pequeno sorriso para ele. Ele mantinha aquele sorriso idiota e infantil em seus lábios.
- Vanessa cuidou de mim por isso estou bem!
A risada que ele deu após minha confissão fez com que Vanessa tirasse os olhos do computador e se virasse em nossa direção. Sem dizer uma única palavra ela caminhou até nós, ficando frente a frente com agente. Era agora.
- Vanessa antes que diga alguma coisa eu ...
- Você é o arqueiro!
- Isso é uma pergunta? - A voz de Chris fez com que eu olhasse para ele e depois para Vanessa que sorria animadamente, juro que podia vê-la pulando na pontinha dos pés.
- Não é uma pergunta e sim uma afirmação! - Ela voltou a olhar em minha direção. - Porque que você está arriscando sua vida nesse loucura? E antes de mais nada! Eu estou muito dentro desse negócio!
- Vanessa não ... não trouxe você aqui para que você fizesse parte dessa "loucura" e sim para você saber no que eu estou me metendo. É muito perigoso para você!
- Do mesmo jeito que é para você! E nada do que você vai dizer vai me fazer mudar de ideia! - Bufei cruzando os braços a fazendo rir. - Agora o motivo de toda essa loucura, eu preciso de saber! Não que faça muita diferença mas eu quero saber só para o caso.
Sem dizer uma única palavra eu tirei o caderninho que meu pai havia me dado do bolso de trás das minhas calças e estendi em sua direção.
- Meu pai me deu isso antes de se matar. Cada nome dessa lista terá que ser eliminado pelo bem da nossa cidade. Bom pelo menos é esse o meu pensamento sobre essa lista. Elimina-los.
Ela pegou em meu caderno me dando as costas indo em direção aos computadores. Olhei na direção do Chris que deu de ombros e fomos ambos atrás dela completamente confusos com o que ela estava fazendo.
- Qual era o alvo dessa noite amor?
Um enorme sorriso se abriu em minha boca quando vi ela se sentando na mesa de comando após ter me feito a pergunta. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa ela pousou a lista ao lado do monitor e esperou que eu falasse.
Minha nossa senhora eu não mereço essa mulher!
- Matt Damon.
Ela naquela momento se desligou completamente do mundo ao seu redor enquanto teclava furiosamente nos computadores. Várias fichas e documentos começaram a aparecer nos ecrãs me deixando completamente confuso e sem entender nada do que ela estava fazendo.
- O que ela está fazendo?
A voz de Chris acabou reproduzindo a minha pergunta mental. Olhei em sua direção dando de ombros tão confuso e perdido quanto ele estava. Sinceramente eu não sabia metade das coisas que essa mulher fazia na frente de um computador.  
- Eu não sei o que ela está fazendo, mas espero que ela me explique direitinho.
- Vocês dois são dois bobos e nem mexer nessas belezas vocês sabem! - Ela resmungou sem tirar os olhos da tela em que ela trabalhava. - Você tem o melhor equipamento de segurança e investigação aqui, mas mesmo assim acabou baleado? Mas que mancada!
Ergui uma sobrancelha para as suas costas prendendo a gargalhada no fundo da minha garganta enquanto Chris ria baixinho da sua maneira doida de ser. Quando eu digo que ela é um mistério eu não estou brincando!
- Matt Damon não realmente um dos seus maiores problemas agora.
- O que você quer dizer com isso? - Perguntei me colocando ao seu lado esperando que ela começasse a se explicar.
- Ele apresentou uma denúncia à polícia faz uma hora. Conseguiu apoio policial e reforço de segurança em menos de meia hora. - Ela teclou um pouco mais e logo suspirou. - Nossa sorte é que ele tem a planta da casa dele nos registos da cidade. Viva à internet e à biblioteca interativa.
- Podemos fazer alguma coisa com isso?
- Sim eu posso em menos de duas horas descobrir todas as entradas e saídas da casa, sem ser as janelas. Rotas de fuga e como cegar a segurança eletrônica dele. O resto terá que ser você a fazer.
- Tudo bem. - Me virei para Chris e dei um sorriso. - Você irá comigo.
[...]
Já passava um pouco das duas da manhã quando me ergui da cadeira em que estava sentado e foi em direção à Vanessa que continuava concentrada nas plantas da casa do Damon, descobrindo todos os pontos fracos da segurança dele. Essa mulher não havia parado desde que havia posto os olhos em cima da planta.
A abracei por trás e beijei sua cabeça a fazendo relaxar contra mim. Beijei de leve a sua garganta e sorri ao vê-la se arrepiar ao sentir a minha respiração em seu pescoço.
- Está tarde. Vem eu tenho que te levar para casa.

- Nesse caso eu que tenho que te levar para casa. - Ela riu se soltando e se virando para mim. - O carro é meu eu dirijo. 

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Olá meninas! Aqui estou mais uma vez para mais um capitulo para todas vocês! 
Espero que tenham gostado do capitulo de hoje!
Beijos e ate ao proximo capitulo!

domingo, 5 de julho de 2015

Capitulo 5

- Matt Damon é o próximo nome da lista que papai me deu. - Comentei bebendo um pouco do café que Chris havia ido pegar enquanto eu pesquisava tudo sobre o meu próximo alvo. - Ele foi um dos advogados de defesa que retirou o ex-vereador da cadeia. A lista de criminosos que ele livrou da cadeia é enorme. Além de corrupção e extorsão de dinheiro através de pequenas empresas fantasmas.
- Eu conheço esse cara. Ele estava em todas as páginas de jornal a semana passada após ele ter libertado Malcon da prisão.
- Malcon ia ser preso?
Perguntei olhando para o rosto dele. Malcon havia sido um dos melhores amigos do meu pai na época da escola, ele acabou se tornando tão bom empresário quanto David. Ambos haviam conseguido erguer seus impérios a partir do nada e mesmo assim haviam mantido a amizade por todos os anos. Ambas as empresas eram rivais, mas acima de tudo ambos manterem a competitividade dentro da empresa.
- Lavagem de dinheiro e corrupção. A empresa dele abriu três empresas fantasmas adjuntas para arrancar ainda mais dinheiro do estado.
Suspirei passando a mão no cabelo nervosamente. Mais essa para me preocupar além da lista.
- Bom depois eu me preocupo com isso. Agora eu quero falar com você sobre a operação dessa noite. Espero que não vá estragar qualquer um dos seus planos já que é sua noite de folga French.
Sim eu havia acabado de insinuar qualquer coisa, aquela proposta dele para uma noite de cinema com Vanessa ainda estava atravessada em minha garganta. Ele revirou os olhos e sorriu sombriamente em minha direção.
- Você se surpreenderia com as coisas que podia saber sobre Vanessa se tirasse a cabeça da sua bunda Efron.
- O que você quer dizer com isso?
- Eu? Nada! O que você quer que eu faça essa noite?
Bufei e me virei para a mesa de computadores onde mostravam várias cópias dos mapas da cidade digitalizadas. Hoje em dia tudo se podia encontrar na internet ou até mesmo na biblioteca da cidade.
- Está vendo estes pontos vermelhos no ecrã? - Perguntei apontando para os pontos que piscavam na tela. - Isto é o rastreador através de GPS do celular do alvo. E este sou eu. Quero que você me dê rotas simples e rápidas para eu chegar ao alvo com facilidade, obviamente evitando patrulhas da polícia. Não quero ser preso.
- Meio difícil quando seu "rosto" está em todos os canais após você ter matado e roubado toda a fortuna de Summers.
- Eu pedi com gentileza em primeiro e ele não quis cooperar.
Ele riu assistindo com a cabeça em silêncio voltando a prestar atenção ao mapa. Revirei os olhos perante a falta de diálogo me concentrando também em nossa missão desta noite.
[...]
- Vire à sua esquerda em 300 metros ele está indo em direção à empresa dele.
A voz do Chris soava dentro da minha cabeça devido ao dispositivo implantado dentro da minha orelha. Segui na direção que ele havia me dado e acelerei desviando habilmente dos carros que passavam por mim em direção contrária. Secretamente em minha mente a música de ação ecoava em minha mente, me fazendo sentir em um filme.
Minha mente conseguia ser bem idiota quando queria. Revirei os olhos para mim mesmo e tratei de me focar novamente em minha missão.
- Você está melhor que GPS falante que você mantem no meu Beetly.
Eu podia sentir a brincadeira e a ironia em cada palavra que eu dizia o fazendo bufar e rir em meu ouvido. Ri junto com ele acelerando assim que avistei o carro dele a poucos metros de mim.
- Vá se fuder Efron. Tome cuidado você está a poucos metros do alvo e ele parece estar bem protegido.
- Se eu quisesse uma mãe teria colocado a minha no seu lugar idiota.
- Acho que Stralla enfiaria o arco que você tanto ama bem enfiado na sua bunda babaca.
Ri com a sua provocação e coloquei a minha mota colada no carro do meu alvo. Eu podia ver três seguranças dentro do carro o que dificultava a minha tarefa. Vi que o carro estava quase virando para a garagem do prédio da empresa então tratei de tomar uma rota diferente desviando de qualquer perigo que eu podia correr.
Estacionei a mota nas traseiras do edifício e olhei em volta à procura de uma entrada rápida. Este tipo de edifícios sempre tinha uma entrada de serviço.
- Chris me ache uma entrada para a garagem da empresa a partir do ponto em que eu estou.
Eu podia ouvir ele teclando furiosamente o que me fez lembrar a rapidez dos dedos de Vanessa enquanto ela trabalhava e sorri.
- Tem uma escotilha de emergência a 20 metros de onde você está. Vai dar diretamente ás escadas de emergência da garagem.
- Certo.
Corri até à entrada que ele havia me dado e estourei com a pequena fechadura da escotilha. Abri a escotilha, saltando logo de seguida para dentro do prédio. Desci as escada rapidamente até achar a porta que me levaria para dentro da garagem.
Através da porta eu podia ouvir a conversa abafada das pessoas que estavam lá dentro. Entreabri a enorme porta de metal e com o calcanhar segurei nela trazendo para os meus braços o arco e uma flecha.
- Chris sabe me dizer quantos estão aqui através das câmeras?
- Que? Efron a ligação ... cuidado ... você ...
Merda.
- French?
Silencio. Bufei e olhei em redor. Estava no subterrâneo e as paredes de butano deveriam impossibilitar que a rede necessária para qualquer tipo de comunicação chegasse aqui. Merda eu precisava das coordenadas certas. Teria de me virar sem ajuda mesmo.
Eu havia estudado aquelas plantas junto com Chris mais cedo, sabia por onde ele entraria caso subisse para o seu escritório e por nada nesse inferno eu conseguiria subir junto devido aos seguranças que ele estava mantendo ao seu redor.
Respirei fundo ao mesmo tempo que me abaixava correndo para trás de um dos carros que ficava perto da porta me escondendo atrás dele. Rodei o carro procurando o melhor angulo para atacar.
Havia três deles ali junto com o meu alvo que estava encostado a um dos carros conversando com uma mulher que estava de costas para mim. Aquilo era estranho. Tentei ver melhor quem era a mulher, mas sem sucesso.
Então analisei rapidamente o redor me certificando que podia avançar sem ser pego pelos seguranças dele. Mas eu podia ver câmeras a cada trinta metros ao redor da garagem.
Merda.
As câmeras estavam ligadas e em poucos minutos eles me veriam. Merda.
Num movimento rápido mirei um dos seguranças e atirei. Eu não sairia daqui sem cumprir a minha missão. Após o corpo do segurança tombar começou a chuva de tiros em minha direção. Pelo barulho que elas faziam estava na cara que eram Glock iguais aos dos policiais da cidade.
Bufei correndo em direção ao carro que ficava o mais longe possível da porta e tratei de estourar a câmera que ficava focada no sitio onde eu estava. Me posicionei novamente mirando num segundo segurança mas antes que eu pudesse disparar a minha flecha a dor em meu quadril fez com que eu tombasse para o lado.
Olhei para o meu quadril e praguejei. Sangue começou a manchar através da licra. Eu não podia me defender sabendo que estava sem escapatória e acabaria sendo mais vezes atingido antes de poder matar Damon.
Voltar para as escadas de emergência estava fora de questão eles me apanhariam e eu não podia lutar nestas condições. Rosnei com a raiva que começou a me consumir e corri abaixado em direção à segunda entrada da garagem que ficava de frente para a avenida que me levaria até à minha empresa.
Olhei para a minha mão e praguejei. Eu não iria conseguir ir muito longe nestas condições. Numa rápida olhada em volta pode me situar antes de tomar uma decisão.
Só espero que ela esteja em casa.
[...]
O escuro daquela rua estava ajudando um pouco na minha tarefa de passar completamente despercebido pelas as pessoas que ainda se moviam nas rua da cidade. Já era quase dez horas da noite, mas mesmo assim parecia que metade da cidade decidiu ficar acordada essa noite, o que não ajudava na minha tentativa de passar despercebido caso alguém me visse sangrando.
O prédio onde Vanessa morava ficava perto da Efron’s ou seja a menos de três minutos a pé de onde eu estava, mas nas condições em que eu estava levaria no máximo cinco minutos.
Bufei sentindo as dores em meu quadril se intensificarem a cada passo que eu dava, mas eu não ligava. Já tinha sentido dores piores e estou aqui inteiro para contar a história.
Peguei em meu celular e disquei rapidamente o número de Chris. Só espero que ele não tenha saído da base. Sim eu dei um pequeno nome militar para o meu "escritório" secreto. Nada de Batcaverna como o Chris insiste em chamar sempre que temos que ir para lá trabalhar.
- Caralho Efron onde você se meteu? Porque que o sinal foi desligado assim que entrou dentro da garagem?
- Eu não sei French! - Bufei entrando num beco escuro. - Ouça eu foi ferido tive que deixar o perímetro por minha segurança. Minha moto ficou estacionada no beco atrás do prédio e eu deixei meu casaco e meu arco lá junto com as flechas dentro de um contêiner a dois metros da empresa. Preciso que volte lá e recupero todas as minhas coisas de volta.
- Estou de saída! Mas e você onde você está?
Olhei para o alto e observei as janelas que eram do apartamento de Vanessa. Todas as luzes estavam acessas então ela ainda está acordada. Graças a Deus.
- No prédio de Vanessa.
- Da Nessinha? Você enlouqueceu Zac? O que você está fazendo ai cacete?
- Ela é a única que eu confio para me ajudar. Não posso ir num hospital e não confio nas suas mãos pesadas para tirar a bala do meu corpo.
- Isso vai dar merda! Ai caralho quando ela souber de tudo vai me dar uns cascudos.
Bufei revirando os olhos puxando a escada de emergência para que eu pudesse subir. A dor em meu quadril me fez gemer baixinho ao mesmo tempo que uma tontura me abateu. Merda não era hora para eu me sentir fraco eu precisava chegar ao apartamento dela antes desabar.
- Faça o que eu pedi e depois volte para a base. Eu resolvo com a Vanessa.
- Certo. Ligue se precisar que te vá buscar.
- Ok. Até logo
Subi o mais rapidamente que consegui a escada que me levaria até à janela que fica virada para o quarto da Vanessa. A cada etapa concluída o meu ferimento latejava e enviava um flash de fraqueza para as minhas pernas me deixando desnorteado me fazendo segurar com todas as minhas forças as grades das escadas.
Assim que cheguei à janela do quarto tratei de observar ao redor. A encontrei sentada em sua cama mexendo furiosamente em seu laptop com um pequeno sorriso no canto da boca.
Ela fica tão sexy desse jeito. Sorri perante a imagem.
Nas noites em que eu havia conseguido com que ela dormisse comigo, só dormir mesmo, ela sempre ficava uns bons minutos hackeando alguma coisa só para se sentir bem, mesmo que na maior parte das vezes ela só hackeasse o sistema da minha empresa para testar os limites dos nossos engenheiros informáticos. O que sempre acabava com ela cheia de ficheiros importantes da diretoria, geralmente meu pai agradecia o seu “hobby” já que assim ele podia proteger a empresa de qualquer ameaça cibernética, já que ela mesma desenvolvia os firewalls impedindo assim os ataques.
Parece que velhos hábitos não mudam.
Bati no vidro da janela mesmo ela estando aberta, chamando a sua atenção na minha direção.
- Zac? O que você está fazendo aqui?
- Eu preciso da sua ajuda. Me deixa entrar por favor?
Ela olhou atentamente dentro dos meus olhos enquanto mordia furiosamente seu lábio inferior enquanto pensava. Eu ainda a deixava nervosa? Bom saber disso.
- Entra. O que você aprontou?
Entrei rapidamente para dentro do quarto e meio cambaleante foi até ela que me observava com atenção.

- Eu foi baleado. 
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Oie oie Gente! 
Parece que hoje é dia de postar ne kkkkkkkkk espero que tenham gostado do capitulo! 
Beijos e ate mais!

terça-feira, 16 de junho de 2015

Capitulo 4

Me sentei confortavelmente no sofá de couro do lado mais escuro da enorme sala do 23º esperando que o alvo saísse do banheiro onde ele havia entrado. Eu apertei com força o arco tentando conter a raiva que estava me corroendo por dentro.
Ele estava com suas horas contadas quando decidiu não colaborar comigo.
Pode ouvir seus movimentos de dentro do banheiro e continuei esperando sentindo a adrenalina consumindo todo o meu corpo. Eu estava inquieto. E isso não ajudaria nada com o que eu tinha que fazer, mas a sensação de que algo está para acontecer está me consumindo a cada maldito minuto que eu espero ele sair do banheiro.
Puta que pariu ele está por acaso retocando a maquilhagem?
O som do trinco da porta se abrindo chamou a minha atenção e eu me mantive o mais quieto possível. Ele passou caminhando lentamente em direção à sua mesa limpando as mãos numas folhas de papel.
Revirei os olhos e ainda em silencio me levantei. Eu me sentia como um fantasma observando tudo do segundo plano. Pode ver que ele olhava nervosamente as horas em seu pulso o que me fez pensar que ele estava com medo de eu aparecer.
Sim tenha medo, muito medo. Você vai se arrepender por ter tentado me fazer de idiota!
- Está me esperando Summers?
A minha voz modificada pelo aparelho que eu usava em minha nuca fez com que ele se sobressaltasse e caísse sentando em sua cadeira de olhos arregalados olhando na minha direção. Eu estava meio tapado pelas sombras do escritório deixando as coisas ainda mais sinistras. Me senti no meio de um filme de terror e de ação.
Certo Efron se controla!
- O que você quer? Porque que está fazendo isso comigo cara? - Sua voz estava tremida e saia levemente mais afinada do que realmente deveria ser, mostrando que ele estava com medo do que estava para vir.
- Sua lista é extensa e eu passaria metade da minha noite ditando todos os seus delitos Summers. - Ironia estava expressa em cada uma das minhas palavras e um pequeno sorriso surgiu por debaixo do meu capuz. - Fez o que eu mandei?
Perguntei mesmo sabendo que ele não havia feito nada, mas eu já estava preparado para resolver esse assunto também. Tecnologia moderna e comprada no mercado negro era a melhor coisa.
- Não. Não posso despachar cinco biliões em menos de duas horas! Você é louco cara!
Não esperei que ele dissesse mais nada. Num único movimento atirei uma das minhas flechas modificadas com chip contra seu computador, sabendo que eu poderia tratar de tudo somente com essa flechada e logo em seguida apontei uma flecha no peito de Alec e num tiro certeiro ele tinha uma das minhas flechas em seu peito.
Assim que o último suspiro foi ouvido dele eu atirei uma flecha contra a parede prendendo a minha corda ali e corri contra o vidro. Me fazendo cair em queda livre suspenso pela corda aterrissando suavemente em cima do telhado da minha boate. Sorri soltando a corda e olhei para cima. O primeiro já estava.  
Corri pelo telhado até a uma das laterais e me joguei de lá. Assim que meus pés encontraram o chão do caminho que me levaria à porta de acesso à cave um clique de uma arma chamou a minha atenção.
Merda.
- Quem é você?
Merda dupla.
Chris! Rosnei baixinho e num movimento rápido me joguei em cima dele atirando a arma que ele segurava para longe. Ele acertou com um punho em meu queixo que fez com que eu caísse para trás meio desnorteado. Caralho acho que ele quebrou algum dos meus dentes.
Sacudi a cabeça tentando voltar a focar a minha visão meio turva mas não consegui me erguer rápido o suficiente porque ele logo estava em cima de mim. Protegi meu rosto com os meus braços evitando que ele me visse. Droga.  
- Eu te fiz uma pergunta! Quem é você? Porque que você está armado?
Eu não tinha outra escolha. Num movimento rápido eu o empurrei de cima de mim e rapidamente me coloquei de pé apoiando minhas mãos nos meus joelhos. Ele nunca me deixaria sair daqui sem luta. Filho da mãe.
Com um suspiro resignado me ergui e retirei o capuz da minha cabeça revelando minha identidade. Era tudo ou nada.
Neste momento eu estava na mão dele e teria que confiar o meu segredo a ele. Quem sabe ele até me ajude com todo o que eu estava planeando fazer, mesmo que por todas as vias ele fique com a minha mulher. Teria que engolir o meu ciúme a partir de agora.
- Sou eu French
- Efron mais o que...?
Ri sentindo o meu queixo doer. Por mais idiota que ele seja o seu gancho de direita era bem forte.
- Venha comigo quero te mostra algumas coisa.
[...]
Eu me mantinha sentado na minha cadeira olhando atentamente Chris enquanto segurava um saco de gelo contra o meu queixo. Ele circulava ao redor da minha cave observando tudo ao seu redor com uma expressão fechada, me deixando frustrado. Eu queria saber o que se passava em sua cabeça, mas ele não estava dando brecha para isso acontecer.
Bufei passando a mão pelos meus cabelos, os bagunçando ainda mais. Deixei que ele continuasse a sua inspeção e comecei a trabalhar em redor dos arquivos que tinha conseguido enviar para mim. Tudo estava ali. Nada havia escapado do meu dispositivo.
Tratei de passar quase todo o dinheiro do bastardo para as instituições e deixei algum para não levantar suspeita.
- Porque?
A voz do Chris me fez virar em sua direção. Ele estava parado no meio da cave com os braços presos atrás das suas costas e seu rosto estava duro como rocha enquanto ele me analisava.
Sem dizer uma única palavra tirei o caderninho com a lista que o meu pai havia me dado e joguei em cima da mesa, apontando para ela com a cabeça.
- Veja se conhece algum deles ali.
Ele caminhou até à mesa e pegou no caderninho. Enquanto ele lia cada nome ali presente sua expressão passava de chocada a compreensão para logo ser mascarada por uma expressão fria e pesada.
- Metade desses nomes são ligados ao esquema de corrupção da nossa cidade. Durante estes cinco anos que você estava fora, eles só ganharam ainda mais poder. A cidade está praticamente nas mãos desses homens. Tirando que estão aqui alguns ex-militares e políticos ou até mesmo civis aparentemente comuns.
- Você conhece alguns deles? - Perguntei me levantando e indo em sua direção.
- Sim trabalhei para três deles. Era somente o motorista, mas como um bom motorista sei de todos os segredos que são guardados por dentro dos enormes carros de luxo que eles me faziam dirigir. - Ele me entregou o caderninho e olhou dentro dos meus olhos. - Por mais babaca que você seja, a consideração que eu tinha em você subiu depois de saber que você está fazendo algum bem à cidade em que moramos. - Ele estendeu a mão na minha direção e sorriu de lado. - Sei que não pediu mas terei todo o gosto de te ajudar no que precisar.
Sorri e peguei em sua mão. Agora sabia que podia confiar nele, mais do que confiava em minha própria sombra. Mesmo que ele estivesse namorando a minha mulher. Quer dizer a Vanessa.
Merda.
[...]
A minha respiração estava lenta e compassada enquanto eu mirava minha flecha nos alvos moveis que eu havia colocado ali para poder treinar e me tornar ainda melhor. Minha mira estava perfeita e fecha atrás de flecha eu acertava no centro.
Eu podia sentir os olhos de Chris em minhas costas, observando cada movimento que eu fazia. Desde que eu havia contado sobre o meu segredo á três dias atrás ele havia dado uma pequena folga sobre a minha segurança, mas sempre acabava no mesmo lugar que eu. Aqui na cave bem debaixo da minha boate.
- Então Efron onde você aprendeu a atirar tão bem. Digo você é bem ágil e rápido.
- Na ilha. Eu tive que aprender a sobreviver no meio do nada e aprendi algumas coisas.
- Que tipo de coisas que você aprendeu nesses cinco anos fora?
Me virei em sua direção e peguei numa garrafa de água. Suspirei olhando em seus olhos que mostravam a sua centelha de curiosidade pura que ele refletia. Revirei os olhos bebendo a minha água e me encostei numa das barras de ferro ali perto.
- Aprendi a caçar, a lutar e a sobreviver. Foram os cinco anos mais longos de toda a minha vida.
O som do seu celular interrompeu o que quer que ele fosse dizer e eu voltei a me concentrar no meu treino, ainda que completamente atento ao que ele estava a dizer.
- Ei Nessinha. - Assim que o nome dela foi proferido todo o meu corpo se retesou e fiquei ainda mais atento ao que ele estava dizendo. - Sim eu estou com ele porque? - Ela estaria perguntando por mim? Isso me fez sorrir mesmo que a raiva e o ciúme estivessem me consumindo. - Claro eu digo sim. Como você está bonequinha? - Um rosnado ficou preso em minha garganta enquanto eu disparava uma das minhas flechas contra os alvos que eu havia colocado em movimento novamente. - Sim estou bem. Não estou de serviço essa noite se quiser a gente pode ir ver aquele filme que você estava louca para ir ver. - Doía saber que ela havia seguido em frente e essa dor estava refletida em cada movimento que eu fazia ao redor dos alvos atirando com raiva e força os destruindo. - Você que sabe. Amigos são para isso mesmo.
Tratei de me afastar do que ele estava falando com ela e me concentrei somente em meus alvos, sentindo a raiva quente correr em minhas veias, junto com o ciúme liquido. Era demais para mim saber que eu havia perdido a minha Vanessa para ele, mesmo que eu soubesse que ela estaria mais segura com ele do que comigo.
Eu podia sentir a pulsação acelerada do meu coração em meu ouvido junto com a minha respiração pesada e raivosa. Teria de me acalmar antes que acabasse me desfocando e machucando alguém.
Merda eu queria machucar Chris por ele estar dormindo e namorando a minha garota. Mas eu não poderia, ela com certeza me odiaria para o resto da vida se eu acabasse matando “acidentalmente” o seu namorado com uma flechada no coração.
Acidentes acontecem não é mesmo?
[...]
- Então eu queria apresentar a minha proposta de expansão internacional de Efron's Company para a Ásia e Rússia. Eu estive pesquisando à alguns dias sobre a economia e sustenblidade por lá e todas as pesquisas foram positivas e favoráveis ... - Suspirei baixinho e continuei olhando para o rosto de um dos executivos da empresa enquanto ele falava.
Minha cabeça não estava no lugar certo neste momento. Eu tinha uma missão para montar em vez de estar aqui dirigindo uma reunião - mesmo não sabendo nada sobre o que estava acontecendo - já que não tive tempo para rever todos os papeis e documentos que Vanessa havia me dado ontem antes de ir embora.
Vez ou outra eu tentava chegar um pouco mais perto dela e iniciar uma conversa mais amigável, mas acabava sempre por levar um corte frio junto com um sorriso profissional demais para o meu gosto e isso estava me matando. Merda eu deveria de estar levando essa sua frieza mais a sério e agradecer que ela estava me odiando neste momento para seguir com a minha missão. Mas parecia que tudo o que eu conseguia fazer quando estava perto dela era correr atrás do seu perdão.
Senti uma cotovelada subtil em meu braço junto com a famosa corrente elétrica que me trespassava sempre que Vanessa me tocava. Olhei em sua direção e ergui uma sobrancelha a questionando silenciosamente.
- Está com a cabeça na lua. Norton te fez duas vezes uma pergunta e você não o respondeu. - Ela sussurrou mantendo o tom de conversa amigável como se estivesse me dando algum tipo de informação importante. Garota esperta.
- Desculpa, mas eu não estou me sentindo bem e estou sem cabeça para aqui estar definitivamente.
Ela assistiu com a cabeça rapidamente ao mesmo tempo que eu vi um brilho de preocupação em seus olhos. Sorri internamente e voltei a olhar em frente para todos os executivos. Eu precisava de sair e me encontrar com Chris para poder começar a minha nova missão.

- Me desculpem pela distração, mas eu preciso analisar melhor as propostas e me reunir com Robert para que ele me dê sua opinião. Por favor entreguem as apostilas com suas ideias e desenvolvimentos para a Senhorita Hudgens antes de saírem. - Me levantei da cadeira e abotoei o palitó do meu terno dando um leve sorriso. - A reunião está encerrada. Boa tarde senhores. 
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Oie ooie Gente!
Aqui esta mais um capitulo para todas voces!
Espero que tenham gostado!
Comentem bastante sim? 
Beijos e ate mais!